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TravelLeaks

Ah, Myanmar...

Atualizado: 24 de set. de 2021

Não sei como é onde você mora, mas aqui no Brasil, o Myanmar não é um destino popular. Então como eu fui parar lá?


Acredite se quiser, essa foi uma das únicas vezes que decidimos planejar uma viagem com o auxilio de uma agência de turismo (confie em mim, você consegue fazer o que eles fazem) e, ao chegarmos no local para falarmos com eles, tinha uma foto linda do Myanmar. Naquele exato momento, eu percebi que era um país que eu gostaria de visitar, mesmo que não soubesse quase nada sobre ele.


Quando cheguei em casa e procurei por esse destino, percebi que parecia incrível, e foi isso, foi incluído nos planos de nossa próxima viagem.


Quando finalmente chegamos lá, conseguimos explorar alguns lugares diferentes. Primeiro, fomos para Mandalay, e tenho que dizer, nunca tinha visto nada parecido. Praticamente a cidade inteira se dedica à sua religião, o budismo.


Nossa primeira parada foi em um lugar onde fazem estátuas. Primeiro, eles fazem um molde de argila, com muitos tamanhos e formatos, mas a maioria seria um Buda, depois de seco, as pessoas viravam o molde de cabeça para baixo e enchiam com cobre. Quando o cobre já estava seco e frio, eles removiam do molde e poliam.





Nossa segunda parada foi no local onde são feitas as folhas de ouro, extremamente usadas na região para cobrirem Budas e pagodes (local de culto aos deuses). É um longo e duro processo, o ouro é colocado em pequenos sacos de couro e os trabalhadores batem com grandes martelos nesses sacos até que o ouro vá se tornando cada vez mais fino, até virarem folhas.


Nossa última parada foi para ver a produção de laca. A base do objeto é feita com finas tiras de madeira, primeiro ela é selada com uma camada de laca e colocada para secar entre 3 e 5 dias. Depois, ela é polida, para que sua superfície fique lisa, e então é aplicada a segunda camada de laca e colocada para secar novamente. A terceira camada de laca é feita misturando a laca com argila, para que ela fique bem lisinha. Após, o objeto é coberto com laca pura. A parte mais doida é que todo esse processo pode demorar entre 6 e 10 meses, tanto tempo! A última etapa consiste em polir o objeto e desenhar nele, para torná-lo mais atrativo.


Claro, depois dessas visitas, fomos visitar alguns templos locais também. Em todos, você é obrigado a ficar descalço para poder entrar.


Ao redor da cidade, é comum encontrar grandes objetos feitos inteiramente de madeira, que tem formato similar à árvores, com vários itens pendurados neles, como sabonete, escovas de dente, comidas e outros, é a forma com que as pessoas levam doações aos monges de cidade. Uma grande curiosidade é que no Myanmar, os meninos são obrigados a serem monges pelo menos duas vezes na vida, por um curto período de tempo, caso queiram continuar, são mais que bem-vindos, caso não, podem seguir suas vidas normalmente.


Depois de Mandalay, fomos para Bagan e foi lá que eu realmente me apaixonei pelo Myanmar. Séculos atrás, em torno dos anos 1200, a cidade tinha mais de 10 mil templos e pagodes. Porém, com o tempo e o clima, a maioria foi destruída e hoje em dia em torno de 2 mil deles continuam em pé. A maioria foi construída com tijolos e a cidade fica lindíssima repleta com eles, é realmente único e especial.





A melhor parte da viagem, com certeza, foi voar de balão e ver todas essas maravilhas de cima.




Para completar esse lugar incrível, assistimos ao pôr-do-sol de uma pequena colina e não decepcionou em nada!


Nossa última cidade foi Yangon, uma cidade gigante e agitada, a maior do Myanmar, repleta de prédios altíssimos e pagodes.

Visitamos o pagode Shwedagon, que estava lotado! É enorme, tem várias cores e estilos e MUITO ouro. Lá, descobrimos que as pessoas locais, doam praticamente todo seu ouro para o pagode, incluindo seus anéis e alianças, que fazem parte da construção (parte mais visível).



Se você está se perguntando se um dia deve ou não visitar esse país, simplesmente vá! Tem muita coisa para ver e a cultura é muito diferente da nossa (o que eu amo observar), onde tudo gira em torno da religião. É inacreditável.





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